Pergunta: Poderia exemplificar com trechos de alguns escritos de Nitiren Daishonin como podemos vencer a escuridão fundamental inerente em nossa vida?
Reposta: O budismo elucida que a escuridão fundamental ou ilusão, a força da qual o mal se origina, existe na vida humana. Ao mesmo tempo, ensina também que as pessoas podem livrar-se dessa ignorância e manifestar sua natureza do Darma, ou iluminação inerente.
Embora o Sutra de Lótus [de Sakyamuni] afirme iluminar a escuridão da ignorância fundamental, na realidade, não tem sido capaz de iluminar a escuridão dos Últimos Dias da Lei. Ao ler o Sutra de Lótus, resistido a perseguições e propagado a Lei Mística [o ensino oculto nas profundezas do Sutra de Lótus] com devoção abnegada, Daishonin confirmou sua missão como Bodhisattva Práticas Superiores, o líder dos Bodhisattvas da Terra, aquele que dissipa a escuridão da ilusão fundamental.
Sobre a iluminação dos seres humanos na sua forma presente, Daishonin nos ensina em “A Frase Essencial”: “[Isto é ainda mais extraordinário do que] produzir fogo de uma pedra tirada do fundo de um rio, ou uma lamparina que ilumina um local que permaneceu em total escuridão por centenas, milhares e dezenas de milhares de anos. Se mesmo os fatos comuns deste mundo são considerados místicos, então, ainda mais místico é o poder da Lei budista!” (The Writings of Nichiren Daishonin, pág. 923.)
No momento em que uma lamparina é acesa o ambiente é iluminado, independentemente do tempo que permaneceu na escuridão. E quando o sol surge, a escuridão desaparece num instante. Mesmo que sejamos pressionados pelo peso de nosso carma negativo, pelos desejos mundanos e os sofrimentos de nascimento e morte, o fato é que possuímos a natureza de Buda dentro de nós para evidenciarmos e atingirmos a iluminação em nossa presente forma. Podemos mudar definitivamente nosso destino e atingir o estado de Buda por meio da forte fé na Lei Mística.
Em outro escrito de Daishonin consta: “Se acender uma lamparina para uma outra pessoa, iluminará também o seu próprio caminho.” (Gosho Zenshu, pág. 1.598.) Todos são pessoas de valor. Daishonin ressalta que respeitar os outros, como exemplificado pelas ações do Bodhisattva Jamais Desprezar, constitui a base da prática do Sutra de Lótus, e que realizar o Chakubuku é conduzir a prática desse bodhisattva. Quando nos empenhamos de corpo e alma a encorajar as pessoas, convictos de que cada uma delas possui uma missão preciosa, somos capazes de revelar o potencial não só dessas pessoas, mas o nosso também.
O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, retrata o Bodhisattva Jamais Desprezar dizendo que não era uma pessoa eloqüente. Não demonstrava superioridade. Apenas seguia plantando a semente do Sutra de Lótus no coração das pessoas com uma simplicidade tão grande que chegava a parecer ingenuidade. No passado, presente e futuro, o espírito do Sutra de Lótus vive em tal conduta. Esse é o próprio comportamento dos membros da SGI. Todos que estão lutando na linha de frente de nosso movimento são, na verdade, os próprios Bodhisattvas Jamais Desprezar.
O Chakubuku é a prática de respeitar as pessoas e tem como finalidade conduzi-las à iluminação com base na filosofia e no espírito benevolente do Sutra de Lótus. É a prática correta para dissipar tanto a escuridão fundamental que se aloja na vida das pessoas assim como em nossa própria vida. Daishonin nos ensina também a respeitar os outros, não só quando propagamos o budismo, mas em todos os sentidos, pois esse é o modo correto de os seres humanos se comportarem.
Olá Yoko, também sou de Belém do Pará, gotaria de saber se você ainda está por aqui, mesmo que não, gostaria de me corresponder com você para saber um pouco mais sobre onde posso encontrar mais budistas em Belém.
ResponderExcluirAdorei seu blog, li vários textos e está excelente, parabéns.
Como não encontrei seu e-mail, deixo o meu e agradeço o retorno: madlenepara@gmail.com
meu blog> http://itinerariointerno.blogspot.com.br/
Abraços