Ultimamente, tem se comentado na organização, entre líderes e membros, que algumas pessoas fazem a recitação do Gongyo e Daimoku numa velocidade muita rápida. Conseqüentemente, algumas palavras podem ser omitidas ou a pronúncia das mesmas ficam comprometidas, dificultando o seu entendimento. Por outro lado, outras pessoas recitam muito lentamente, exigindo uma luta, às vezes árdua, contra o sono que se manifesta. Um importante requisito a ser observado na recitação do sutra e do Daimoku é o seu ritmo. A condição primordial é a realização com pronúncia correta, num ritmo harmonioso, seja rápido ou lento.
Qual é, então, o ritmo correto de recitação? O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, esclarece: “O Gongyo e o Daimoku não devem ser muito rápidos nem lentos demais, e também nem com uma voz muito alta nem muito baixa. Nossa recitação deve ter um ritmo vigoroso. A velocidade do Gongyo também depende de fatores como a idade da pessoa, a hora e o local onde estamos realizando nossa prática. Portanto, não se preocupem demais com qual deve ser o ritmo correto. Apenas realize o Gongyo da maneira mais natural e confortável possível. Certa vez, um dos meus veteranos afirmou que o ritmo do Gongyo deveria ser como o galope de um cavalo”.
Concentração é fundamental
Um outro fato que se observa muito é a prática como mera formalidade, em que os olhos do praticante estão mais voltados para o relógio, ansioso em concluir a recitação do Daimoku. Ou ainda, cansado dos afazeres diários, não consegue se concentrar na prática, perdendo-se nos trechos do sutra; além de ouvir o Daimoku em ritmo alterado e indistinguível. Observa-se também nas reuniões de Daimoku muitas pessoas com os olhos fechados, outras conversando entre si ou lendo jornais e revistas. Podemos sim, elogiar os esforços das pessoas que, mesmo exaustas, desafiam a prática do Gongyo e Daimoku. Contudo, essa prática deve estar de acordo com o princípio de que “a fé manifesta-se na vida diária”. Ou seja, dedicar-se com o espírito de desafio baseado na sabedoria, razão e bom senso.
Nosso mestre, o presidente Ikeda, afirma: “O Gongyo é uma cerimônia solene. Quando realizamos o Gongyo, abrimos amplamente as portas que conduzem ao nosso tesouro inerente; extraímos a fonte dinâmica da energia vital latente na profunda vastidão de nosso ser, fazendo transbordar uma fonte inesgotável de sabedoria, benevolência e coragem”.
Orações silenciosas
É preciso mencionar ainda que existem comentários, principalmente dos membros, dando conta que os dirigentes fazem os oferecimentos das orações silenciosas muito rápidos quando estão liderando o Gongyo. Até indagam se, realmente, estão efetuando toda a leitura dos respectivos textos. Em contrapartida, existem pessoas que dedicam longo tempo como se estivessem meditando. Este jornal já publicou uma matéria, citando importantes considerações do presidente Ikeda de como conduzir as orações silenciosas (edição no 1.885, de 31 de março de 2007, pág. A7). Contudo, lembramos que os textos das orações silenciosas em japonês são mais curtos se comparados aos respectivos textos em português, o que pode resultar numa ligeira diferença na duração do tempo de leitura.
De toda a forma, o ponto mais importante ao oferecer as orações silenciosas é o profundo sentimento que manifestamos diante do Gohonzon. É uma prática que não se trata de proceder simplesmente à leitura silenciosa dos textos mas, acima de tudo, de manifestar toda a nossa sinceridade e gratidão, orando profundamente em conformidade com o conteúdo dos textos. Proceder à prática da oração silenciosa no Gongyo significa pensar profundamente, concentrando o sentimento em objetos ou leis. Podemos afirmar que os textos das orações silenciosas tornam-se verdadeiros quando eles exprimem o nosso sincero sentimento. Corresponde, na verdade, ao sentimento íntimo.
Numa carta endereçada a uma pessoa que se encontrava impossibilitada de praticar, Nitiren Daishonin demonstra, com benevolência, a sua flexibilidade no aspecto formal da prática, dizendo: “Se a senhora se sente tão mal, então dispense a leitura do Sutra e recite simplesmente o Nam-myoho-rengue-kyo. Da mesma forma, quando fizer suas devoções, não precisa curvar-se diante do Sutra (Gohonzon)”. (The Major Writings of Nichiren Daishonin, vol. VI, pág. 13.)3 Nesta passagem, Nitiren Daishonin afirma que é perfeitamente aceitável recitar apenas Daimoku. Além disso, ele afirma também que a pessoa não precisa necessariamente fazer o Gongyo ou recitar o Daimoku diante do Gohonzon. Ele leva em consideração ainda o caso em que uma pessoa (incapacitada por doença ou por alguma outra razão) possa fazer o Gongyo ou recitar Daimoku deitada.
Entretanto, não devemos nos tornar preguiçosos e relaxados na prática, usando-se desse escrito ou outras orientações para justificar a negligência da nossa prática. O prejuízo será de nós mesmos.
Adorei este blog!!! Parabéns!!! Adicionei aos favoritos, futuramente vou linkar meus sites e blogs, quando voltar a atualizá-los.
ResponderExcluirForte abraço,
Vera Rodrigues-Rath, Alemanha, Donauwörth
Gostei muito deste texto. Obrigada.
ResponderExcluirSou iniciante e estava na duvida de como recitar o daymoku, a velocidade da oraçao. Como faço na maioria das vzs sozinha, ainda n consigo a rapidez dos veteranos. Mas o artigo me deixou mais segura qto a velocidade da recitaçao, o importante é manter um ritmo constante nem mto rapido nem mto lento. É preciso um equilibrio o entendimento das palavras a concentraçao e nossa fé. Me foi mto util as explicaçoes. Estou com problemas de saude e as vzs recito deitada. Vcs me deixaram mais tranquila em relaçao a isso. Foi de gde ajuda.. obrigada.
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